Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Arquivo para quinta-feira, 18 abril 2013

Boa Educação

Em um agradável e bonito hotel no interior de Goiás, com muito bons serviços, de manhã, no café, vi aquele festival de gente “ocupada”, em pé ou em suas mesas, teclando em seus “moleculares”.
Aquele ar compenetrado de grandes executivos, cujos destinos da empresa têm de ser resolvidos logo no início da manhã.
Próximo a mim sentou-se uma dessas “coisas”, e logo trocou o “molequelá” por um tablete.
Tecla que tecla.
Olhei, e ele estava atualizando as conversas que tinham havido à noite no Faceiboca, enquanto ele tinha estado desplugado, coitadinho.

Voltei para o quarto, escovei os dentes (porque não sou dessa laia de gente que sai de hotel sem escovar os dentes depois da refeição), peguei minha tralha e fui para o balcão pagar a conta (fazer o checaute, como dizem os “esclarecidos”).
Muita gente praticamente mora no hotel, e por isso os funcionários os conhecem por nome.
– Bom dia sr. Adilson.
Um gajo chegou ao balcão, deixou um pacote (roupa suja) e se afastou, sem grunhir nem uma palavra. Foi lustrar os sapatos.
Ela pegou o pacote e o tirou do balcão, para ser mandado para a lavanderia.
Eu disse bem alto à funcionária;
– Como os hóspedes daqui são mal educados. Você cumprimenta aquele lá, e ele finge que não é com ele, eu entro no elevador, digo bom dia, e ninguém responde.
Essa gente só pode mesmo ter amigos no feicibuque, porque na realidade não conhecem ninguém.

Um imbecil que estava a meu lado arregalou os olhos e ouvidos. Certamente tinha vestido a carapuça.

“Grandes” tempos estes, cheios  de comunicação…