Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Que cara de pau…

O Portal Terra publicou a notícia de que dois reféns dos rebeldes sírios tinham sido soltos, e que eles relatavam torturas sofridas desde abril.

O G1 mal tocou no assunto. Jornais de São Paulo ignoraram completamente o fato.

Sabem como é, os jornalistas tomam partido nos assuntos e depois ficam meio receosos de ter de desdizer o que tantas vezes reafirmaram. Agora eles são obrigados a buscar uma redação que não seja contraditória a tudo o que eles publicaram nas últimas semanas.

Exemplos: crimes, os corintianos presos na Bolívia, a brasileira de Zurique, e agora, é claro, a guerra civil na Síria.

Tomam partido porque querem, pois não conseguem manter a imparcialidade da notícia, e querem a todo custo vender a imagem de que eles sabem mais do que o resto do mundo.

Quando suas versões são desmentidas por novos , ficam naquela de silêncio e depois falam da outra versão como se nunca antes na história do mundo tivessem afirmado o contrário uns dias antes.

No caso dos torcedores corintianos, tiveram de mudar de opinião várias vezes, e as emendas ficaram simplesmente ridículas.

Agora, com todo o discurso contra o ditador Assad, como vão levantar dúvidas de que os rebeldes são um “pouquinho” piores?

Aliás, o pai do Assad sênior dominou o país por 29 anos, e nunca foi chamado de ditador. Assad junior está há meros 13 anos no poder e é um tirano.

Incrível a cara de pau dessa enpreimça que vende opiniões.

Ao menos se tivessem o bom senso de dizer: sou da direita, sou ligado ao sindicato X, sou financiado pelo conglomerado Y, tenho ligações com a ONG Z, como fazem meios de comunicação europeus, tudo bem. Você sabe exatamente com quem está lidando, ao aceitar as versões de notícias deste ou daquele veículo de notícias. Em Tupiniquinlândia, porém, querem fingir a imparcialidade que nunca tiveram. Como se “a platéia ignara” não tivesse memória, e em muitos casos também provas documentais da vira-casaquice dos meios de comunicação, essa coisa que petulantemente se trata de “mídia”, porque sequer aprendeu que a palavra é latina e significa “meios”.

 

P.S. Mais de 24 horas depois, a Folha publicou uma matèriazinha bem curta, sobre maus tratos contra o jornalista italiano.