Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Posts marcados ‘municípios’

Digo isso sempre

Matéria especial do UOL:

Cidade pequena – corrupção grande

é a tal demon-cracia…  feita sob encomenda para enriquecer políticos

 

 

Municípios demais

O Estadão publicou um editorial chamado Municípios demais.

Já abordei dúzias e dúzias de vezes aqui no blog sobre a máfia municipalista que espalha a metástase do câncer da corrupção pelo país.

O editorial chega à conclusão óbvia de que boa parte dos municípios existe apenas para satisfazer os eguinhos de políticos caciques locais.
Nada propõe em troca, contudo.

A CF 88 continua a ser endeusada pelos deformadores de opinião, sem jamais levar em contra que foi escrita por um congresso que de forma espúria foi transformado em constituinte, para solidificar os interesses dos partidos políticos, dos sindicatos, de ongs e dos órgãos ligados à oab. Tudo em nome da “cidadania”.

Aliás, a farra dos municípios começou com a constituição de 1891, que tentou traduzir a constituição dos Estados Unidos e ser melhor do que essa.
Anteriormente, para ter status de cidade, a sede de município tinha de preencher certos requisitos. Isso existe em quase todos os países e em quase todas as línguas – city e town não são a mesma coisa; ville e village; stadt e dorf; ciudad e pueblo. No Brasil, qualquer corrutela no interior do inferno é uma “cidade”, e nessa “qualidade” recebe verbas, como se fosse igual às demais, além de arcar com os custos burocráticos obrigatórios decorrentes da “emancipação” (quase nunca financeira).

Que tal os deformadores de opinião começarem a pensar na necessidade de se extinguir, digamos, uns 55% dos municípios que sugam as verbas do país?
Seria um grande passo para que o país se livre de tanto desperdício e de tanta corrupção…

 

grandes caloteiros

Nenhuma surpresa ao ver a lista divulgada com a relaçåo dos maiores caloteiros do FGTS, publicada no jornal Gazeta do Povo.

Dela constam as empresas aéreas que quebraram (e outras ainda por quebrar), as demonîacas casas de misericórdia, os clubes de futebol, faculdades particulares, e aquele câncer que corrói as entranhas do país, os chamados municípios.

Esporte, o ópio do povo. Basta ver essas dívidas e a canalhice da construçåo de estádios para a copa do imundo.
Prefeituras, a escola de gângsters que apodrece as demais instituiçøes federativas.
Santas casas de administradores preocupados com o enriquecimento, e a saúde financeira de suas famílias, gerindo as entidades pilantrópicas.
Izkolas que vendem canudos no país dos dotôs.

Realmente, quem me conhece, sabe há quantos anos venho falando dessas máfias…

Interessante é ver que a caixa econômica fedemal patrocina essas entidades såo os grandes caloteiros.

 

Fusão de municípios – parte 2

Uma outra matéria da Gazeta do Povo paranaense, continuou com o tema sobre a proposta do tribunal de contas estadual para que haja fusão de municípios.

A matéria começa com:

Além do Tribunal de Contas (TC) do Paraná, ninguém parece achar uma boa ideia a fusão de municípios no estado.

Como demonstram, porém, os comentários dos leitores (aqueles que foram publicados, pois, como sabemos, os jornais selecionam os que podem ou não ser publicados), quem não acha uma boa idéia são os políticos, não os pagadores de impostos para essa tralha burrocrática que corrói o país com tanta corrupção.

Mas isso é apenas um detalhe.

Nunca podemos esquecer que, apesar de a população ter entusiàsticamente apoiado a proposta da Ficha Limpa, vemos que nada foi aplicado. Ou será que tantos prefeitos e vereadores condenados e até presos, tomando posse no início deste ano, não são provas mais do que suficientes para demonstrar que o povo é apenas um mero detalhe. O sistema é muito “mais aprimorado” do que pensa essa reles camada de contribuintes chamada população.

Até que um dia, quem sabe, ocorra uma Queda da Bastilha em terras tupinambás…

Fusão de municípios

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná apresentou um relatório que aponta a inviabilidade dos municípios que vivem pendurados nas tetas do Fundo de Participação dos Municípios, que opinou que seria melhor a extinção – por fusão – desses entes federativos que não têm gente – só despesas com câmaras de vereadores, secretarias municipais, veículos oficiais e o penduricalho de empregados. A renda do município é o próprio salário, em muitos casos.

O TCE-PR mostrou que municípios com população inferior a 5.000 habitantes podem não apresentar condições de receber significantes responsabilidades públicas. E concluiu que que os municípios paranaenses na faixa entre 50 mil e 250 mil habitantes são os que apresentam os melhores índices de desenvolvimento e de qualidade de vida da sua população.

Em sites de jornais e blogues locais, a gritaria foi geral.
Afinal de contas, a turma não quer perder a boquinha do emprego público.

Enquanto isso, leitores de outras localidades, que não seriam atingidas, manifestaram-se a favor da proposta, para que fosse estendida a todos os Estados, e para que o mínimo populacional fosse elevado a 10.000 habitantes.

Já escrevi algumas vezes sobre esse assunto, e refazendo contas e atualizando-as, considero que o mínimo populacional teria de ser de 10.000 habitantes (0,00005 da população de 200 milhões de brasileiros – 5 centésimos de milésimos). Teriam de ter também uma superfície mínima de 50 km2 (área mínima que equivale a uma caminhada normal, a 7 km/h, em linha reta). Menos do que isso é claro que é “prestidigitação” para obter resultados favoráveis (como os minúsculos Águas de São Pedro, São Caetano do Sul, ou Veranópolis), e bazófia de “bons indicadores econômicos e sociais, comparados com os de outros milhares de municípios.

Vou mais longe, nas regiões metropolitanas, esses mínimos deveriam ser muito mais elevados – afinal de contas tratam-se de metrópoles, e não de bairros. Cada município teria de ter no mínimo 50.000 habitantes em 100 km2. Adeus Paracambi, Nilópolis e São João de Meriti, no Rio de Janeiro; adeus Biritiba-Mirim, Juquitiba, São Caetano do Sul e Diadema, em São Paulo. Voltem a ser distritos (bairros) de quem lhes envolve em pràticamente tudo – não só territorialmente.

Sem esquecer de um detalhe: basta dessa “eleitorice”  de criar regiões metropolitanas onde não há sequer 500 mil seres habitando-as.

Sem cargos, sem vereadores, sem secretarias, sem veículos oficias.  Integrados ao mundo real que os cerca, e não mais ilhas de fantasia.

Afinal de contas, se outros países vêm há décadas trabalhando no sentido de reduzir a máquina burocrática das divisões territoriais, por que estamos sempre insistindo em criar novos “entes federativos”.  Dá até medo dessa palavra. Sugere algo como entidades fantasmagóricas.

Como eu sou bonzinho, acho razoável que seja pago uma remuneração aos vereadores dos municípios maiores – aqueles com mais de 500 mil habitantes. Três salários-mínimos são mais do que suficientes. Claro, sem qualquer outro adicional ou vantagem. Afinal de contas, eles escolheram dedicar-se ao trabalho pela  sociedade. São pessoas de espírito elevado.

Com menos células cancerosas, talvez a metástase da corrupção pudesse espraiar-se mais lentamente no país…

 P.S. Novo post: Fusão de municípios – parte 2.   (18 de janeiro)

salário de veadores

Nem preciso comentar novamente, a tag (etiqueta) vereador está repleta de posts que inseri sobre o assunto.
Já falei muitas e muitas vezes sobre essa excremência brasileira de dar salário a conselheiros municipais.

Pior ainda que eles mesmos legislam sobre os próprios salários.

O pior é que há no país 5600 células com essa metástase cancerosa chamada município, todas com os mesmos “deretchus” e sem qualquer responsabilidade. E viva a CF 88…