Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Posts marcados ‘vereador’

Viaduto Marisa Letícia

Um prefeito interino (já que o titular e o vice estão sempre fora do posto) assinou alguma coisa que deu nome de Marisa Letícia a um viaduto na Avenida do M’Boi Mirim (que os gehornallyztas ainda não aprenderam que se pronuncia MBOI, imboi, quase como Embu, e não é emeboi), e o prefeito titular disse que não haveria cerimônia de inauguração, porque ele era contra a homenagem.

Babaquices politiqueiras à parte, e incompetência de ambos os dezoito lados, por que vehadores só se preocupam com óménaji a parentes de amigos?
O salário e as vantagens adicionais que recebem é só para isso?

Alguma vez já comentei em algum lugar do multiverso:
Não dá para esperar uns vinte aninhos para ver se a homenagem se justifica?
Vinte aninhos é um prazo razoável para se acabar com a emoção eleitoreira e politiqueira.

Regra que deveria valer para todo tipo de denominação – ruas, pontes, estradas, aeroportos, edifícios públicos, estádios municipais, parques, até mesmo bairros inteiros…

Por que os nobres vehadores não se mobilizam para devolver à Estrada do Bororé o nome antigo (como Avenida), e retirar a execrável  homenagem à mãe de um governador que atualmente está cumprindo pena em cadeia nos Estados Unidos, depois de umas pequenas irregularidades no futebol internacional.

Pior que já fizeram até mesmo homenagem a pessoas vivas (vivaldinas).
Em São Paulo, lembro do ilustre desconhecido presidente da Itália Giovanni Groncchi, e do Estádio do Pacaembu. Em outras cidades, porém, sobretudo no Rio de Janeiro, isso é regra desde que Villegaignon se retirou da cidade, com Presidente Vargas, Rainha Elizabeth (da Bélgica), e muito mais. E Brasília segue com todo o vigor nessa atitude (estádios, bairro, … ) . Nada porém supera o Maranhão, sabemos.

Ah, mas aí o nobre vehador ou o dê-putado não poderá usar de seus quinze minutos de brilho…

Tenho certeza de que aguardando o defunto esfriar e virar ossos, a homenagem será muito mais respeitada.

 

Fusão de municípios

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná apresentou um relatório que aponta a inviabilidade dos municípios que vivem pendurados nas tetas do Fundo de Participação dos Municípios, que opinou que seria melhor a extinção – por fusão – desses entes federativos que não têm gente – só despesas com câmaras de vereadores, secretarias municipais, veículos oficiais e o penduricalho de empregados. A renda do município é o próprio salário, em muitos casos.

O TCE-PR mostrou que municípios com população inferior a 5.000 habitantes podem não apresentar condições de receber significantes responsabilidades públicas. E concluiu que que os municípios paranaenses na faixa entre 50 mil e 250 mil habitantes são os que apresentam os melhores índices de desenvolvimento e de qualidade de vida da sua população.

Em sites de jornais e blogues locais, a gritaria foi geral.
Afinal de contas, a turma não quer perder a boquinha do emprego público.

Enquanto isso, leitores de outras localidades, que não seriam atingidas, manifestaram-se a favor da proposta, para que fosse estendida a todos os Estados, e para que o mínimo populacional fosse elevado a 10.000 habitantes.

Já escrevi algumas vezes sobre esse assunto, e refazendo contas e atualizando-as, considero que o mínimo populacional teria de ser de 10.000 habitantes (0,00005 da população de 200 milhões de brasileiros – 5 centésimos de milésimos). Teriam de ter também uma superfície mínima de 50 km2 (área mínima que equivale a uma caminhada normal, a 7 km/h, em linha reta). Menos do que isso é claro que é “prestidigitação” para obter resultados favoráveis (como os minúsculos Águas de São Pedro, São Caetano do Sul, ou Veranópolis), e bazófia de “bons indicadores econômicos e sociais, comparados com os de outros milhares de municípios.

Vou mais longe, nas regiões metropolitanas, esses mínimos deveriam ser muito mais elevados – afinal de contas tratam-se de metrópoles, e não de bairros. Cada município teria de ter no mínimo 50.000 habitantes em 100 km2. Adeus Paracambi, Nilópolis e São João de Meriti, no Rio de Janeiro; adeus Biritiba-Mirim, Juquitiba, São Caetano do Sul e Diadema, em São Paulo. Voltem a ser distritos (bairros) de quem lhes envolve em pràticamente tudo – não só territorialmente.

Sem esquecer de um detalhe: basta dessa “eleitorice”  de criar regiões metropolitanas onde não há sequer 500 mil seres habitando-as.

Sem cargos, sem vereadores, sem secretarias, sem veículos oficias.  Integrados ao mundo real que os cerca, e não mais ilhas de fantasia.

Afinal de contas, se outros países vêm há décadas trabalhando no sentido de reduzir a máquina burocrática das divisões territoriais, por que estamos sempre insistindo em criar novos “entes federativos”.  Dá até medo dessa palavra. Sugere algo como entidades fantasmagóricas.

Como eu sou bonzinho, acho razoável que seja pago uma remuneração aos vereadores dos municípios maiores – aqueles com mais de 500 mil habitantes. Três salários-mínimos são mais do que suficientes. Claro, sem qualquer outro adicional ou vantagem. Afinal de contas, eles escolheram dedicar-se ao trabalho pela  sociedade. São pessoas de espírito elevado.

Com menos células cancerosas, talvez a metástase da corrupção pudesse espraiar-se mais lentamente no país…

 P.S. Novo post: Fusão de municípios – parte 2.   (18 de janeiro)

salário de veadores

Nem preciso comentar novamente, a tag (etiqueta) vereador está repleta de posts que inseri sobre o assunto.
Já falei muitas e muitas vezes sobre essa excremência brasileira de dar salário a conselheiros municipais.

Pior ainda que eles mesmos legislam sobre os próprios salários.

O pior é que há no país 5600 células com essa metástase cancerosa chamada município, todas com os mesmos “deretchus” e sem qualquer responsabilidade. E viva a CF 88…

mobilidade

Mobilidade, palavra que inventaram para substituir o tradicional transporte coletivo, já que leva em consideração toda a massa humana que precisa se deslocar a pé, por falta de ônibus ou trens, encontra uma justificativa nos gentis putados da assembléia legislativa do Paraná:

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/gastos-de-deputados-com-combustivel-pagaria-transporte-de-17-milhoes-de-pessoas-por-seis-meses-8gealktfkj34ans1fjf9aaler

Isso só no Paraná.
Imagine nos outros estados – aqueles que já faliram e os que também estão no buraco
Imagine o gasto nas prefeituras, com as camas de veadores cheinhas de carros novos,
com placas pretas, para não serem multados.
Imagine o gasto no cãogresso fedemal?

Entendeu por que o ônibus que você espera passou lotado?Que bom que pelos menos “nóçus” representantes dispõem de transporte decente.
Na Europa, teriam de usar o bilhete mensal

Não custa lembrar que no Império e na República Velha, os representantes do povo pagavam pelo próprio aluguel para exercer o mandato.
Juscelino, pai das grandes corrupções com empreiteiras, e inventor do desvio de dinheiro da Previdência, criou o auxílio-moradia…

 

 

A farra do dinheiro público

O site do Globo tem uma matéria sobre a farra dos salários pagos na cama de veadores de São Paulo.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/chaveiro-e-garcom-ganham-salario-acima-de-r-14-mil-na-camara-de-sp.ghtml

Não faz muitos dias, tinha lido uma matéria semelhante sobre farra na cama de veadores de Guarulhos. Não encontro agora o link.

Em setembro, os veadores de Santo António da Platina, no Norte do Paraná, foram obrigados pela população a baixar os próprios salários. E depois, em outras cidades houve (houve, não houveram) manifestações semelhantes. Logo depois, o número de cãesdidatos ao cargo caiu abruptamente. Por que seria?
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/eleicoes/2016/cidades-baixam-salarios-dos-vereadores-e-maioria-desiste-de-disputar-reeleicao-6px1roaz93guex5yv3ykg7czx

Já nem sei quantas vezes escrevi a respeito dessa excrescência perdulária, verdadeiras escolas do crime, que são as camas de veadores, em geral servindo de trampolim para pulos mais altos, como putados estaduais ou fedemmais.

Alguns estados, como Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul, reclamam da quebradeira, e cortam salários de servidores públicos.
O governo fedemal tenta contornar e lhes dá ajuda.
Vai ajudar também os mais de 5600 municípios que desperdiçam dinheiro com essa parasitagem toda? Sendo que a maioria sequer tem um minimo minimorum de população, e muito menos de arrecadação para se manter, e dependem de repasses das tetas fedemmais do Fundo de Participação dos Municípios – FPM ! (em todas cinco regiões geográficas – Rio Grande do Sul com um número impressionante de casos)
Mais de 1500 municípios não têm sequer 5 mil habitantes.

Já escrevi uma vez sobre a Suíça, país pobre de Terceiro Mundo, como sabemos, que fez uma redução no número dessas entidades perdulárias.
Pois casualmente encontrei na Wikipédia em francês um artigo sobre a redução do número de municípios (communes) naquela país. Depois, em 2015, com aquele çossialista Chicô de Hollande (esquerda caviar, como outros de mesmo sobrenome), houve um ligeiro aumento, outra vez, afinal de contas o dinheiro púbico é para servir de boquinha para amigos e correligionários.
Se bem que lá reduziram o número de regiões administrativas.

Outros países, como Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca e até Itália, fizeram a mesma política de redução do número de unidades municipais.
Ou por incapacidade financeira de se manterem, ou pela descaracterização de onde começava uma e terminava outra.
No passado (década de 1930), tivemos no Brasil o caso de Santo Amaro, que foi incorporado a São Paulo.
No entanto, quantos outros casos poderiam ser feitos? Niterói e São Gonçalo, por exemplo.

As regiões metropolitanas, no Brasil, desde a CF 88 ter concedido aos Estados a legislação sobre sua criação, viraram verdadeiros circos. Há casos de regiões metropolitanas em que cada cidade fica a 60 km da mais próxima, ou em que a soma de todos os municípios sequer atinge 200 mil habitantes, ou em que as regiões metropolitanas são maiores do que certos países.
Alto Alegre dista 100km de Boa Vista, sede da região metropolitana (e capital do estado). Rorainópolis e São Luiz (com Z), distam entre si 120 km – e ficam na RM do Sul de Roraima, com espetaculares 52.000 habitantes.
Vale do Paraíba e Litoral Norte, Ribeirão Preto, por exemplo – criadas durante a indi-gestão de Geraldo Alquimista, cada uma com cerca de 15.000 km2, comparáveis com Timor Leste – 14.000km2 e Israel e Eslovênia – 20.000km2, cada.
Sem contar que Jacareí e Bananal, cada uma no extremo oeste e leste da RM do VPLN, distam “apenas” 250 km de Via Dutra.
A RM do Vale do Cuiabá tem “apenas” 75.000 km2, o equivalente à superfície do Panamá. Manaus é “um pouco maior”- sua região metropolitana se expande por 127.000 km2, o mesmo que a Coréia do Norte – isso porque uma decisão judicial retirou dois municípios de sua composição.
Na Paraíba, a região metropolitana de Araruna, tem “gigantescos” 70.000 habitantes, a de Esperança 140.000 habitantes, e a de Cajazeiras 175.000 habitantes (e talvez o dobro de eleitores, não seria de se duvidar).

Resumindo: no Brasil estamos fú e mal pagos. Desde que a pródiga CF 88 inventou que
veador merece salário, assessores, penduricalhos, carros oficiais (com placas pretas), e
que região metropolitana pode ser criada para agradar putados estaduais, independentemente do que diz a geografia da região.

A demo-cracia (o governo do demon) não é linda, no papel?
O contribuinte banca a conta dessa farra com o dinheiro púbico.

 

 

direita esquerdista

O editorial do estadinho é um assombro:

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-volta-do-populismo,10000087697

 

Populismo é dizer que os pobres e os vagabundos do bolsa-isso bolsa-aquilo (inclusive bolsa-anaro) terão os mesmos direitos do que quem trabalha e produz, algo muito diferente do que seria assistência social para elevar o padrão das pessoas.

Populismo é manter sindicatos, é o sistema que o brasil (letras minúsculas) conhece e reproduz desde a ditadura getulista e a bostituição polaca de 1937, sem falar das câmaras municipais caras e inúteis, que corroem mais de 5700 municípios, fruto da demagogia de 1988, tão enaltecida por esse jornal que quase ninguém mais lê.

Isso a enpreimça não consegue mais enxergar, tal sua miopia estrábica.