Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

La France, ah, toujours la France…

Encontrei um artigo na Folha de São Paulo em que o autor trata da decadência da França, enfocando o aspecto cultural mais do que o econômico.

Será apenas isso? Ou será o fracasso das políticas e “conquistas” de 1968, que começam a se reverter contra seus protagonistas?

Quem precisa “filosofar” se tudo é livre, tudo é permitido, tudo é dado “de graça”, apesar de que essas “doações” são provenientes dos cofres públicos, cuja obrigação de encher é dos cidadãos que pagam impostos?

1968 criou uma educação desregrada, que levou a universidades frágeis. Quem vai ter tempo para se preocupar com cultura, se as mesmas razões acima arroladas são partícipes do mesmo desinteresse.

Fora isso, tivemos na França uma sucessão de escândalos políticos, na maioria das vezes camuflada. O financiamento de Kadafi à campanha de Sárközy foi uma das mais evidentes, sem ter sido o único caso de “recursos não contabilizados” praticados na referida campanha.

Não podemos deixar de lado, porém,

  • Giscard d’Estaing, que criou uma série de reformas “liberais” que levaram o país a uma severa crise econômica, e o conseqüente aumento do desemprego;
  • François Mitterand, de linha política esquerdista, reforçou essas reformas; ainda por cima, depois de morto, foi descoberto seu enriquecimento ilícito;
  • Jacques Chirac quase não é lembrado;
  • marido da cantora italiana Carla Bruni, o greco-húngaro Sárközy, quis dar mais atenção a uma vida de cenário, em que posava de “moço moderninho” e ao mesmo tempo abusava de gestos imperiais, como se pudesse se tornar um Napoleão III;
  • o esquerdista François Hollande é obrigado a abaixar a cabeça cada vez que a alemã Angela Merkel lhe dá ordens sobre a desordem financeira nos país da zona do euro.

A França, um dos promotores da fracassada campanha de multi-culturalismo no mundo, teve logo de rever essas posições de liberdade.

Acredito, profundamente, que a decadência da França deve-se justamente por excesso de “filosofias liberais”. Fracassos na economia e na sociedade decorreram de abusos na colocação em prática desses pensamentos. O destino da França é tornar-se apenas um ponto turístico, sem outra expressão no cenário mundial, tal como o antigamente poderoso Egito. Mas, claro, isso é algo que “pensadores” não gostam de imaginar.

Comentários em: "La France, ah, toujours la France…" (1)

  1. Meu caríssimo,

    na verdade a decadência começou com a famigerada Revolução Francesa. Quem conhece a França sabe que tudo que tem lá que presta é de antes daquela terrível rebelião satânica comunistóide.
    Depois, foi só ladeira abaixo.

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