Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

La framsse

Há exatamente um ano, escrevi um post chamado La France, ah toujours la France.

Bem, esse país que idolatra o suíço “russô” e aquele italiano que invadiu a Europa gritando, com forte sotaque, libertà, uguaglianza, fratellanza, até ser colocado em uma camisa de fôrça na ilha de Santa Helena, o que podemos esperar dele?
Há muito tempo é apenas uma sombra do que foi antes de criar palácios suntuosos – sem banheiros.
É o idolatrado destino preferencial de “escritores”  brasileiros e outros filhotes da esquerda festiva.
(esquerda caviar deveria ser denominada exclusivamente a nomenklatura da Europa Oriental, inclusive a máfia albanesa que transporta refugiados – todas as outras, genèricamente, chamo de “festivas”, tal como era na década de 1960).

Ontem houve a matança seletiva e premeditada de cartunistas franceses. Lamentável, claro.
Mas se não tivesse sido na phramssa, pouca atenção teria o atentado;
se não tivesse sido contra jornalistas, menos ainda;
como se diz normalmente: no dos outros é refresco.

Nesta mesma semana houve atentados em Istambul, Cairo e em algum lugar do Iêmen,
fora todos os que morreram na Síria, no Paquistão, nos Sudões, no Brasil, etc..
alguém ligou? Foi manchete?
Ah, um a mais, um a menos…
Nem eram jornalistas. Uns policiais, uns “populares”, uns reféns, …isso não conta.

Na semana passada, aquela senhora com cara de mastim napolitano, que está destruindo a União Européia (ela está conseguindo realizar o sonho de seus antecessores em Berlim), veio com conversinha mole de “tolerância”.
É mesmo, “anjinha”?
Está preocupada com eleitores “multiculturalistas”?
Até há pouco tempo quem não fosse filho de alemão não tinha nacionalidade – não votava. Ela deve ter esquecido desse “pequeno detalhe histórico”.

Voltando a falar dos cartunistas, eles só faziam desenhos satirizando católicos e muçulmanos. Ué, e os “candomblezeiros” que abundam em Paris? E os judeus que a framssa fez questão de entregar para os nazistas? Eles não eram objeto das caricaturas – seletivas e premeditadas.

Claro que sou a favor da liberdade de expressão, mais do que a “liberdade religiosa”, pois esta só existe quando utilizada para cercear as opiniões dos outros.
Sou, porém, radicalmente contra o coitadismo corporativista, seja ele voltado a algum grupo étnico, religioso ou profissional.

Há uns dias, tive uma discussão com uma amiga arquiteta, dessas que fala de “preservação do patrimônio”.
Ela se zangou quando eu perguntei o que ela achava da demolição de Paris, durante Napoleão III – Barão Haussmann, para a eliminação dos infectos cortiços e a construção dos boulevards que viraram cartões postais.
A mesma política que foi depois copiada no Brasil – sobretudo no Rio de Janeiro do Prefeito Pereira Passos, mas também, com o inevitável atraso, em outras capitais de menor relevância, como São Paulo de Prestes Maia (que destruiu jardins de prédios para alargar ruas).  Ela disse que eu tenho de me ligar mais às coisas que a unescu faz.
É mesmo? Aquele cabide de empregos tem de ser levado a sério?

Divagações.
Perdi o fio da meada.
Retomo, porém, dizendo: se a matança tivesse sido nos Estados Unidos ou na Inglaterra, ou em Lisboa ou em Ierevan,
não haveria essa comoção mundial.
São lugares de “segunda categoria”.

 

 

 

 

 

Comentários em: "La framsse" (5)

  1. […] todo esse assunto de Paris e de multiculturalismo, lembrei de um post que eu tinha escrito, em 2009, sobre trajes […]

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  2. […] por falar nisso, la framsse, esse maravilhoso país dos entelequetuaes disquerda, mandou mesmo quantos judeus para […]

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  3. […] o senhor explica os acontecimentos da França de 7 a 9 de janeiro? A França foi um país que, durante séculos, recebeu muitas correntes migratórias. Mas quase todas tinham a […]

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  4. […] o senhor explica os acontecimentos da França de 7 a 9 de janeiro? A França foi um país que, durante séculos, recebeu muitas correntes migratórias. Mas quase todas tinham a […]

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