Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Posts marcados ‘geografia’

professores kkkkkkkkkk

Essa matéria, retrato do poço sem fundo da pretensão do jornalismo (lembre-se que o sufixo -ismo denota doença), demonstra que a doença da burrice não é exclusividade do baixo nível daziskóla tupinambás:

http://www.elmundo.es/espana/2017/12/24/5a3fce25468aeb8a668b462e.html

Jornalistas se consideram “donos da língua”.
Devogádus são os donos du deretchu.
Hátrêtas são donos da fisiologia.
Atores de novelas são donos dazártchi.
Arquitontos são os donos do conforto.

Houve tempo em que alguns grandes profissionais eram modelo e exemplo para serem seguidos.
Mas isso foi há muito muito tempo. Parece que, como diziam os contos de fadas, nos tempos em que compreendíamos o que os animais falavam.
Hoje em dia, urram e ninguém consegue entender o que dizem na tv, ou escrevem nos sites.

Em lugar de aulas de marquetíngue (para enaltecer cantores de phumky, ou jogador de peladas, que ganham milhões de dólares),
seria conveniente que as fakús de comunicação social dessem aos alunos noções de História e de Geografia, por exemplo.
Já me cansei de ouvir / ler que Sydney é a capital da Austrália, ou que o bitcoin (O?  moeda é do gênero feminino, em português) veio para ficar (igual às tulipas holandesas no início do século XVII).

baixo nível…

Primeiro, leio na Falha di Çumpallo uma “falta de matéria”  que afirma que o último presidente nascido em São Paulo foi Campos Sales – 1902 / 1906.
Provàvelmente o gehornallyzta da Falha pensa que Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, fica na Grande João Pessoa.

Depois, mudo para o Estadinho (Estragão), e encontro que Guararema é uma cidade do litoral paulistano.
Como alguém já havia antes comentado, o litoral paulistano é a orla do Rio Tietê, e Guararema, por acaso, também fica no Vale do Paraíba.

Esses são os gehornallyztas dos principais jornais da maior cidade da América do Çul.

Acho que vou ler apenas “O Jornal do Comércio de Sanclerlândia”,  onde provàvelmente os erros de informação são menores. Devem lá ao menos conhecer a própria realidade.

E ainda há gente que tem a coragem de dizer que o século XXI é o século da “informação”.  De-formação, isso sim.

Está na hora de tornar obrigatório o estudo de Português, História e Geografia em todos os anos das escolinhas de fundo de quintal, que expedem “deproma” de gehornallyzta para hanaufabétiqos.

 

Sicília / Sicíria

Uma amiga me mandou uma mensagem:

Agora estamos passeando pela Sicília para descobrir que os italianos são o povo mais indisciplinado da face da terra!
E quem foi que disse que isto era bonito? Quero meu dinheiro e minhas férias de volta!
Alugamos um carro pasta andar pela ilha e descobrimos que a Máfia roubou até as estradas! Puta que pariu, lugarzinho de merda!

Eu respondi:

Por que você acha que o Brasil não deu certo?
Foi o excesso de italianos.
Nunca viu no youtube aquele desenho Itália e UE?
https://youtu.be/uKC4XGGlnRI
Nada mais parecido com um brasileiro do que um italiano.

e repassei a conversa para minha lista.

Respostas:

  1. Não tenho dúvida. Quando visitei Roma pela primeira vez me surpreendi ao perceber que os italianos são muito mais parecidos com a “autoimagem” que os brasileiros fazem de si do que os próprios brasileiros… nos bons e maus sentidos.
  2. É vero…
  3. Pois eu também fui lá conferir e achei uma M. O único passeio que valeu a pena foi o que fiz ao vulcão. De resto… Cidadezinhas mais ou menos e praias menos ou menos. E o povinho então… O pior do mundo. Igualzinho o nosso, grosso, inviabilizado, sem cultura e egoísta que sempre quer se dar bem às custas dos outros. O etna faria um grande favor ao mundo se explodisse de verdade e acabasse com aquela ilha de merda.Já a vizinha Malta… É bem legal. Maior concentração de sítios arqueológicos por m2 do planeta! Igrejas legais, cidades medievais impressionantes. Paradinha e desanimada, claro.
  4. é por ai…a Sicília também me decepcionou. A parte menos ruim é o lado oeste, mais agreste. Palermo é um horror, cheira a mijo de rato…
  5. Não concordo. Há muito de indisciplina na Itália, muita corrupção e o câncer das organizações mafiosas, mas minha experiência como turista em mais de 40 vezes, com três vezes na Sicília, sempre foi positiva.
    Quem é esse seu amigo que se deu mal na Trinácria?
    Gosto de disciplina e organização, mas às vezes o excesso também é doentio, como em alguns países que conheço ne Europa e na Ásia.
    Algumas “ilhas” fiscais, por exemplo, tendem a ser muito organizadas, para o bem e para o mal.
    Quanto à Sicília, duvido que diante do Vale dos Templos em Agrigento, dos teatros gregos de Taormina e Siracusa, dos demais vestígios de camadas de civilização e de uma comida simples e deliciosa, eu me sentisse infeliz.
    Seu amigo ou amiga não teve sorte e estava com o humor fora do eixo.

Bem, pela maioria das respostas,
pelo conto Un lungo viaggio,
e pela “herança maldita” dos sicilianos nos filmes de gângster (não só americanos, mas também italianos, franceses, …),
parece terra de ninguém.
Meu amigo da “Trinácria” focou a Magna Grécia de Arquimedes.
Os outros, Manhattan.
Por mim, em função do conto que mencionei, sugiro que os sicilianos sejam todos levados para Manhattan, e que os sírios refugiados na Europa mudem-se para a Sicília, que passará a se chamar Sicíria.
Todos serão atendidos.

hora de reler

Acho que pode ser hora de reler alguns posts mais antigos:

1   https://boppe.wordpress.com/2013/11/23/americanos-e-outros-gentilicos/

sem esquecer que os Estados Unidos do Brasil e os Estados Unidos da Venezuela nunca chamaram seus nacionais de estadunidenses;

https://boppe.wordpress.com/2013/11/23/o-tal-reino-unido/

e ter em mente que os brasileiros do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve não eram “reinóis unidos”;

https://boppe.wordpress.com/2010/01/05/george-washington-e-carla-camurati/

para os que têm o “hábito” do desprezo de valores históricos;

https://boppe.wordpress.com/2013/03/09/marx-bolivar-chavez-e-socialistas/

recomendado especialmente para alunos (e ex-alunos) de professores que fazem lavagem cerebral burrivariana;

5  e, claro,  https://boppe.wordpress.com/2009/12/28/se-os-portugueses-nao-tivessem-colonizado-o-brasil/

pois todos os dias se escuta alguém dizendo a sandice de que o Brasil é ruim por conta dos portugueses (afinal de contas os brasileiros nunca assumem a culpa e a responsabilidade de seus próprios atos). Gente que repete sem parar “a culpa é de Portugal”,  “a culpa é dos Estados Unidos”,  “a culpa é do FHC”,  “a culpa é do PT”,  “a culpa é da conjunção de Plutão com Andrômeda”,   …

Estranha língua, estranha geografia

Por que os jornalistas têm tanto cuidado para chamar Maré, Rocinha e outras favelas de cumunidadji,
mas não têm pudor de chamar de Subúrbio (com letra maiúscula) Irajá, Madureira, e outros bairros mais?

Subúrbio deixou de ser depreciativo e virou uma região geográfica da cidade do Rio? A Barra da Tijuca, porém, também fica no subúrbio, em termos geográficos – faz parte da mesma Baixada de Jacarepaguá que é uma das partes da Zona Oeste, a parte que nunca teve trilhos de trem – a outra são os bairros ao longo do antigo ramal de Santa Cruz.
Talvez seja melhor chamar Madureira de Subúrbio do que de periferia, é isso?
Sem contar que o termo “sub-urbano” (menos urbano)  fazia sentido durante o Império, e não hoje em dia.

Não temos mais FAVELAS !
Quando se avista do alto o Rio, aquilo que se vê nos morros não são mais favelas. Tudo aquilo é uma só comunidade, muito bem pacificada, dirá o governador.
Só que é melhor chamar Madureira de subúrbio do que “periferia”.
Periferia é onde se situa o Brasil.

Ah, talvez porque os paulistas tenham sua “alfavela”, no subúrbio rico que imita os de cidades americanas.
Deve ser por isso…
Tenho uma amiga que mora em um condomínio de classe B em Barueri, e ela sempre frisa que não é “naquele outro”.

Aqui em Brasília tampouco existem favelas: são “condomínios”.
Houve época em que eram chamadas de “invasões”, porém a classe A e seus filhotes classe média AAAAA Plus também começaram a invadir terras públicas e o termo tornou-se inadequado.
As cidades-satélites, projetadas pelos comunistas Niemeyer e Lúcio Costa, também desapareceram.
Cristovam Buarque substituiu-as por “regiões administrativas”,  como se essa instituição administrativa fosse capaz de alterar o conceito urbanístico do que sejam cidades-satélites.
Ele certamente estava ocupado demais fazendo algum discurso sobre o salários dos professores, e não teve a oportunidade de saber dos falanstérios e outras utopias francesas e inglesas do século XIX (Fourier, Owen, e outros).
Muito menos o “nobre senador” deve um dia ter ouvido falar que Interlagos (aquele bairro do autódromo paulistano) foi planejado como “cidade satélite”.
Temos, ainda, porém, a falta de informação de “vestais” do jornalismo, confortàvelmente instaladas em seus estúdios climatizados em São Paulo ou no Rio, que confundem “cidade satélite” com “entorno”. Sugiro que procurem se informar. O IBGE pode ser um bom lugar para pesquisa…

Até onde / quando a hipocrisia será a regra? Até onde essa hipocrisia cegará estudos mais sérios?

“Há horas” (de vez em quando), quando seria melhor dizer “há anos” (faz anos) em que dá saudade da hipocrisia da velha sociedade vitoriana.
Tinha mais lógica.

Como diz uma amiga:

como tudo o mais que fazia sentido, ficou fora de moda

General Custer

Uma frase muito repetida é a de que “índio bom é índio morto”.

No Brasil, ela costuma ser (quase sempre é) atribuída ao famoso General George Armstrong Custer (1839-1876), comandante do Sétimo Regimento de Cavalaria do exército americano.

Falso. Ele nunca disse essa frase, nem mesmo quando ele morreu em batalha de Little Bighorn, em Montana, contra cheyennes e sioux, comandados pelos legendários Cavalo Louco e Touro Sentado.

Na verdade, o General Philip Sheridan (1831–1888) teve, em 1869, o seguinte diálogo com o chefe comanche Tosawi:

“Me, Tosawi; me good Injun” (Injun = Indian)

ao que Sheridan teria respondido:

“The good Indians I ever saw were dead.”

Sheridan dizia que os bons índios que ele tinha encontrado já tinham morrido.

Comanches (aparentados com astecas) viviam no norte do Texas, no Colorado, Kansas, Oklahoma e Novo México. Cheyennes, de Minnesotta até o Wyoming. incluindo, portanto, Dakota do Norte e Montana; Sioux predominavam em Iowa, Nebraska e Dakota do Sul.

No Brasil, usam a versão errada da frase e, ainda por cima, atribuem-na a outra pessoa.

Chefe Tosawi, quem diria, acabou no Irajá…