Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

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Não existem

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Disciplina

Uma amiga comentou que disciplina é o que distingue os seres racionais dos irracionais.

Será mesmo?

Manadas e cardumes são mais disciplinados do que hordas de manifestantes nas ruas.

Desenvolvimento

A notícia de que uma mulher foi apedrejada por parentes, no Paquistão (*), por ter se casado com um homem que não era o escolhido pela família, veio ao encontro do que, na semana passada, durante o almoço, um amigo e eu havíamos conversado sobre o “desenvolvimento” da humanidade.
Entre aspas, sim, pois a todo tempo temos provas e comprovações de que as sociedades não evoluem. Passam temporadas em ascensão e muitas outras em estagnação ou declínio.
Durante a Idade Média, que é (muito mal) rotulada por muitos como um período de trevas, havia mais liberdade, por exemplo, do que durante a maior parte da Idade “Moderna”.
Hoje em dia (século XXI) vive-se com mais denuncismo e hipocrisia do que durante a era vitoriana (século XIX).
Como? Que absurdo!
Será mesmo absurdo…?

Bem, nem tudo é generalista.
Contudo, até 1100, judeus e muçulmanos conviviam harmoniosamente na Andaluzia e em outras regiões, como Bagdá. Filósofos e matemáticos de ambos os grupos trocavam idéias e informações, estudavam os que lhes haviam antecedido na Grécia Clássica, 1400 anos antes. Surgiram então grupos radicais, ao estilo dos atuais talibãs, que dominaram o Norte da África e o Sul da Espanha, com perseguições, conversões forçadas de judeus e de cristãos, com execuções, proibição de estudo às mulheres. Movimentos similares surgiram no Oriente Médio. Isso não era a política islâmica até então.
1150 = 1980

Hoje em dia, com o “avanço da extrema-direita” na Europa, o que se observa é que ele é apenas uma reação – normal, até certo ponto – de uma ocupação social por imigrantes com outros costumes, outra religião, e outras vestimentas.
A tal política “multiculturalista”, promovida sobretudo na Alemanha que sempre sofrerá do problema da culpa do Holocausto, foi um rotundo e reconhecido fracasso, que hoje em dia não se sabe por onde começar a desmontar. Alemanha, com sua culpa do Holocausto, e França, com a culpa dos “colaboracionistas”.
[Aliás, é exatamente de reação que vem a palavra reacionário – a toda ação corresponde uma reação – lei da física que não pode ser revogada por políticos ou pensadores.]

Do mesmo modo, no Brasil, ouso dizer que o aumento dos “crimes de homofobia” são uma reação de “maiorias” contra o excesso de paradas gays, ou de carnaval fora de época, se preferirem, e das agitações promovidas por um movimento que fala tanto em inclusão social, das “minorias” que às vezes esquecem de respeitar quem está ao lado.
Bom não esquecer que os dados registram que “nunca antes na história deste país” foram cometidos tantos assassinatos – quaisquer que fossem suas formas, seus motivos, e locais.

Interessante que recentemente, surgiram vários artigos sobre a sistemática perseguição (e eliminação) que castro-guevaristas faziam contra homossexuais em Cuba. E, por que também não dizer, no Brasil?, onde na década de 1970 era a “esquerda” que obrigava homossexuais a trancar-se no armário. Nem vou buscar links para ilustrar essas afirmações, abundantes na internet. Durante o período militar, homossexuais “de direta” não se escondiam, enquanto que os “da esquerda” tinham de “manter as aparências” para os companheiros ideológicos.

Aliás, um parênteses: a turma que obteve a regularização do casamento gay é a mesma que, na década de 1960/1970, anunciava que o casamento era uma instituição falida. Como instituição até pode ser, mas quando os benefícios econômico-financeiros falaram mais alto, foi nela que os casais homossexuais buscaram refúgio.

Só podemos observar que muito retrocesso ainda teremos pela frente, ainda mais que quem finge estudar històrinhas nas faculdades está longe de ver História com olhos que não sejam os dos rótulos, preocupados apenas com teorias econômicas.
Como diria George Santayana, uma humanidade que não aprende com seus fracassos, e quer a todo instante reinventar a roda, será obrigada a muitos mais atos de selvageria.
Um dia essa espécie de sarna incrustrada na epiderme do planeta sofrerá as conseqüências, e serão mais surpreendentes do que as piores teorias da conspiração feitas por eco-terroristas.

RESUMO DA ÓPERA: o desenvolvimento não é algo que caminhe linearmente – vai aos trancos e barrancos, e muitas voltas retorna ao estágio anterior. Além disso, desenvolvimento tecnológico e material não é sinônimo de desenvolvimento moral, humano, social, e muito menos psicológico.

(*) Paquistão, um daqueles paisinhos esquecidos, que têm armas nucleares.

Egocêntricos

Um amigo me enviou essa tirinha, que se encaixa com o que penso.

um-recado-da-mae-natureza-para-todos-nos