Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Posts marcados ‘Extremo Oriente’

últimas notícias

As últimas notícias, que “pipocaram” durante a semana, são mais velhas do que a Sé de Braga, como diria uma professora que tive.

Obaminha “reconheceu” que já deveria ter fechado Guantánamo, promessa de campanha na primeira eleição. Como diriam Burt Bacharah e Hal David: “promises, promises”…

A Tunísia não é mais um país “estável”, depois que a “primavera hilária” derrubou um ditador e deixou à vontade “o trabalho” dos grupos religiosos radicais.

Políticos brasileiros brigaram na base dos xingamentos de Vossa Excelência. Seria muito mais preferível, para todos nós, que Suas Excremências usassem as práticas de pugilato que são comuns nos parlamentos de países da Ásia amarela.
Acho que poderiam liberar o porte de armas no recinto, como era na época em que Arnon de Mello matou José Kairalla, porque errou o tiro que era dirigido a Silvestre Péricles, todos os três senadores em 1963.
A “sociedade civil” agradeceria, já que em ano de corte de gastos, e aumento de impostos, o legislativo teve o desplante de aumentar suas despesas, mordomias e mamatas (como a farra das passagens aéreas para tutti quanti) , inclusive no “repasse” para o tal Fundo Partidário.

Bibi Netanyahu ganhou as eleições legislativas em Israël, apesar dos prognósticos de “analistas” e “cientistas” políticos (os famosos palpiteiros).

Na Tupiniquinlândia, um famoso instituto de pesquisa, o Babafalha, errou em algumas centenas de milhares o número de pessoas que foram às manifestações na Avenida Paulista, no último domingo. Sem contar que, nas distorções que a enpreimça faz contra a língua portuguesa, a manifestação chapa-branca de R$ 35,00 da sexta-feira 13, pró-governo, foram chamadas de “protestos”. Hoje em dia protesta-se a favor. Lutero que o saiba.

“Descobriram” que o programa “menos médicos”, que se instalou em vários municípios, era apenas uma forma de desviar dinheiro público para Cuba reverter o mesmo no treinamento de “companheiros” para o proselitismo político (ou será religioso, tal a lavagem cerebral?) .

“Descobriram”, também, que as empreiteiras emprestavam dinheiro para campanhas eleitorais, já que dinheiro que seria devolvido na forma de contratos públicos, com a ajuda de um ex-ministro que, condenado e preso, virou “consultor”.

Isso é só a “ponta do iceberg”, já que todas as “notícias fresquinhas” eu, um reles pessimista incrédulo, já “desconfiava” há tanto tempo, que havia anteriormente registrado no blog esses furos da enpreimça (furos no sentido normal – de erro, e não de motorista apressadinho que faz barbeiragens no trânsito para chegar primeiro).

Nossa língua

É comum algumas “peçôas inguinorantes” usarem como desculpa para a linguagem ruim o chavão de que “português é uma língua muito difícil”.

Claro, temos 15 casos de declinações, como o finlandês;
temos verbos “separáveis”, como o alemão;
substantivos concordam com o possuidor, como em árabe (“meu caso” no masculino e “minha casa” no feminino, se fôssemos comparar);
verbos são conjugados de acordo com o sexo e a idade da pessoa que fala E da que ouve, como nas línguas do Extremo Oriente;
a letra U tem várias pronúncias diferentes, como em inglês;
o som de F pode ser escrito F, PH ou GH, também como em inglês;
temos masculino, feminino e neutro, como em dúzias de línguas;
temos singular, plural e dual (grego e árabe, por exemplo); e tantas outras especificidades “complicadíssimas”.

O mais difícil em nossa língua é a vontade de aprendê-la, dificuldade que só tem aumentado com o número de “professores” que acham que “phallar herado he serto”.
Por isso, camisetas de uma escola aqui no DF, que apareceram com “Centro de Encino”. Mas que barbaridade, qualquer piá sabe que o correto é “sentro de incino”.

Bem, há alguns dias um aluno de oito anos atirou uma cadeira em uma professora, em Santos, e a secretária municipal de des-educação afirmou que o menino era uma “vítima”.
Nada mais natural que predomine a tendência comodista à inversão de valores.

Pior ainda, temos de tolerar (até quando?) as demagogias de alguns senadores (e ex-senadores), com seus discursos desgastados e mentirosos sobre o tema “educação”.
Por aí caminhamos com passos decisivos em direção ao precipício.

trajes nacionais

O povo “politicamente correto” apóia o uso de véus, burcas e xadores pelas mulheres muçulmanas nos países ocidentais, afinal de contas elas têm o direito de continuar a exprimir suas culturas.

Pouco importa que as ocidentais não possam continuar a exprimir as “nossas” culturas quando necessitam ir a um desses países islâmicos onde as mulheres são obrigadas a esconder braços, pernas, rosto, cabelos e sei lá mais o quê, onde não podem sair desacompanhadas, onde não podem dirigir automóveis, etc. e tal. Afinal de contas, os hipocritamente mal-resolvidos estão sempre prontos para concessões, desde que os errados sejamos nós, os monstros da humanidade, e nunca os outros, sempre os certinhos, as vítimas, os pobrezinhos, os que necessitam crescer sob o olhar de ongueiros bem intencionados.

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O que eu não entendo é porque esse apoio às mulheres muçulmanas nunca se manifestou às mulheres do Extremo Oriente.

Eu conheço alguns milhares de nisseis, sanseis, isseis, e tudo quanto é gradação de nikkey que chegou no Brasil há exatos cem anos. Pois apesar de terem uma religião muito mais velha do que o cristianismo, apesar de provierem de civilização muito antiga, os japoneses adaptaram-se e passaram a designar-se brasileiros (ou o que seja).

Queria saber de minhas amigas nisseis se elas não querem exigir indenizações da USP porque foram impedidas de usar quimonos quando estudaram. O argumento hipocritamente mal-resolvido é perfeito, vocês foram vítimas dos anos de chumbo. Eram obrigadas a ir à escola de jeans e a usar tênis. Onde estavam os defensores dos direitos humanos que não zelavam pelo respeito às tradições milenares dos povos do Extremo Oriente?

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