Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Posts marcados ‘Tunísia’

os atentados da última semana

Atentados na Tunísia, na França e no Kuaite (Coveite, como deveria ser em português, mas eles não gostam, ou então simplesmente “quáiti”).

Pois é, sobre a Tunísia (e seus “irmãos) escrevi:

Inferno árabe

Eleição no Afeganistão

Saudades de Saddam Hussein

Hilária

últimas notícias

Sobre a França, recentemente publiquei:

La framsse

la France, esse país da segunda divisão, preso ao passado…

ué, madama prefeita, cadê a liberdade de expressão?

Sem contar as vezes em que comentei o famigerado e nefasto multiculturalismo, dentre elas:

Relembrando certas roupas

Direito de expressão

Que coisa, né?

O pior é que nossos analistas ainda torcem pela vitória, no próximo ano, da causadora de toda essa desordem, aquela advogada que legalizava grilagem no Arkansas.

Afinal de contas, é sempre bom estar ao lado dos “demos”. (No Brasil, os “demos” são execrados pois representam o lado menos intervencionista do governo, e por isso são tidos como “reacionários”, exatamente o oposto daqueles “azuis” do Grande Irmão.)

Não se preocupem, porém, pois tudo vai piorar.

Vejo o mundo como Roma no século IV, aguardando que os “bárbaros” se convertam.

Ainda bem que depois teremos, então, um longo período de Idade Média. Pode ser a solução.

Carta a um primo

De boas intenções o inferno se enche a cada segundo.
Nada está tão ruim que não possa piorar.

Ah, por favor, deixe a preguiça de lado e refresque a memória clicando nos links que inseri neste post.

 

 

 

 

 

 

 

 

últimas notícias

As últimas notícias, que “pipocaram” durante a semana, são mais velhas do que a Sé de Braga, como diria uma professora que tive.

Obaminha “reconheceu” que já deveria ter fechado Guantánamo, promessa de campanha na primeira eleição. Como diriam Burt Bacharah e Hal David: “promises, promises”…

A Tunísia não é mais um país “estável”, depois que a “primavera hilária” derrubou um ditador e deixou à vontade “o trabalho” dos grupos religiosos radicais.

Políticos brasileiros brigaram na base dos xingamentos de Vossa Excelência. Seria muito mais preferível, para todos nós, que Suas Excremências usassem as práticas de pugilato que são comuns nos parlamentos de países da Ásia amarela.
Acho que poderiam liberar o porte de armas no recinto, como era na época em que Arnon de Mello matou José Kairalla, porque errou o tiro que era dirigido a Silvestre Péricles, todos os três senadores em 1963.
A “sociedade civil” agradeceria, já que em ano de corte de gastos, e aumento de impostos, o legislativo teve o desplante de aumentar suas despesas, mordomias e mamatas (como a farra das passagens aéreas para tutti quanti) , inclusive no “repasse” para o tal Fundo Partidário.

Bibi Netanyahu ganhou as eleições legislativas em Israël, apesar dos prognósticos de “analistas” e “cientistas” políticos (os famosos palpiteiros).

Na Tupiniquinlândia, um famoso instituto de pesquisa, o Babafalha, errou em algumas centenas de milhares o número de pessoas que foram às manifestações na Avenida Paulista, no último domingo. Sem contar que, nas distorções que a enpreimça faz contra a língua portuguesa, a manifestação chapa-branca de R$ 35,00 da sexta-feira 13, pró-governo, foram chamadas de “protestos”. Hoje em dia protesta-se a favor. Lutero que o saiba.

“Descobriram” que o programa “menos médicos”, que se instalou em vários municípios, era apenas uma forma de desviar dinheiro público para Cuba reverter o mesmo no treinamento de “companheiros” para o proselitismo político (ou será religioso, tal a lavagem cerebral?) .

“Descobriram”, também, que as empreiteiras emprestavam dinheiro para campanhas eleitorais, já que dinheiro que seria devolvido na forma de contratos públicos, com a ajuda de um ex-ministro que, condenado e preso, virou “consultor”.

Isso é só a “ponta do iceberg”, já que todas as “notícias fresquinhas” eu, um reles pessimista incrédulo, já “desconfiava” há tanto tempo, que havia anteriormente registrado no blog esses furos da enpreimça (furos no sentido normal – de erro, e não de motorista apressadinho que faz barbeiragens no trânsito para chegar primeiro).

Saudades de Saddam Hussein

Com esse título, Clóvis Rossi publicou um artigo na Folha (que a gente tem dificuldade de encontrar, por conta do gigantesco pop-up tentando convencer o leitor de que não há bolha imobiliária no Brasil), hoje, dia 16, cujo início é “ditaduras são sempre nefandas, nefastas, odiosas, horrorosas ou qualquer outro qualificativo diabólico que ocorra ao leitor”.

Discorre sobre a desastrada política externa de Bush filho, mas quando fala dos fracassos da “primavera árabe” não menciona a hilária secretária de estado de obaminha do coração dos hipócritas do prêmio nobel.
Aliás, as informações sobre a Tunísia, que mencionei em 2012, não são exatamente tão “neutras” quanto Clóvis Rossi pretende.

Quando Clóvis Rossi fala do segundo turno da eleição no Afeganistão, comenta sobre o absurdo ataque de talibãs contra eleitores, que tiveram dedos cortados, mas esquece de falar do mais grave dessa situação:

quando é que esses ocidentais vão entender que esse sistema político “democrático” é o menos adequado para 90% dos países?
parem de pensar como rousseau e montesquieu (letras minúsculas), e deixem de lado essas teorias, que a política no mundo estará mais de acordo com o que cada população precisa.

Por que as “potências ocidentais” não intervêm na China, na Rússia ou na Coréia, para implantar o modelo de democracia euro-americano?

Democracia na China nunca terá resultados como se imaginaria no modelo dos teóricos franceses (melhor não usar a palavra filosofia, para pensamentos tão fracos), justamente porque a China tem uma história diferente da França, os valores e a cultura dos povos são diferentes.

Resumindo: o estrago que os “entelequituaes” têm feito pelo mundo afora é maior do que os de Calígula elevados ao quadrado.
E eleição não é sinônimo de governo do povo, para o povo e pelo povo.

Quando Sir Winston Churchill afirmou que “a democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas” , certamente ele pensou no parlamento em Westminster, mas será que o modelo britânico funcionou em todas as suas ex-colônias?

Brasil, Egito, Turquia, tudo a mesma coisa…

o que interessa é depredar, enquanto diz que “protesta”

Melhor arrumar outra maneira

Os jornais de ontem que publicam a coluna de Elio Gaspari registraram o Aviso:

Está acabando a paciência da opinião pública com manifestações de duzentas ou trezentas pessoas que bloqueiam o trânsito, prejudicando milhares de outras.

Neste último fim  de semana, os tais manifestantes profissionais marcaram uma manifestação via “redes sociais” (ai, pausa para o tédio…) em frente da residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros.

Das milhares de pessoas que “tinham confirmado” compareceram, no ápice da manifestação, 15 gatos pingados (e mascarados), dos quais apenas 6 (isso mesmo, SEIS) ficaram durante as horas subseqüentes.

Já escrevi certa vez aqui que as manifestações contra Renan tinham de ser realizadas em Alagoas, onde estão seus eleitores, bem como os eleitores de outro conhecido senador. Uma ex-leitora do blog ficou indignada, pois não eram os alagoanos que tinham eleito Renan para a presidência do senado, mas seus pares. Escreveu que vale a forma das manifestações. Apenas respondi que, para essa geração de manifestações subsidiadas, o que vale é mesmo a forma, visto que o conteúdo é algo com que não se preocupam.

Na semana passada, um jornal de São Paulo (não me lembro exatamente qual), publicou uma matéria de que os “manifestantes” tinham se perdido no Centro de São Paulo, pois não sabiam onde ficava o terminal do ônibus que passa próximo à Assembléia Legislativa estadual. Claro, os “manifestantes” “chapa branca” não costumam usar ônibus.

Depredar equipamentos públicos das ruas, lojas e bancos, certamente é o contrário do que a população quer. Se em junho as milhares de pessoas se espalharam pelo país protestando por melhor serviços, esses “formalistas” apenas contribuem para que os serviços sejam ainda piores. Incendiando ônibus, retiram de circulação os já insuficientes veículos, super-lotados, e “de quebra” ainda darão a oportunidade para que as tarifas tenham de ser majoradas, em futuro próximo, pois o valor do seguro certamente será majorado.

Como cantava Zé Ramalho, povo marcado, vida de gado, vida feliz.

Melhor que os “manifestantes” arrumem outra maneira de “se revoltar”. Preocupem-se mais com o conteúdo do que com a forma. Os exemplos tunisianos, turcos, e egípcios não são exatamente um bom modelo a ser copiado. A menos que queiram oferecer justificativas para repressão no mesmo molde.

Inferno árabe

A “primavera árabe” inventada por Hilária Pinton e seu patrão Obaoba faz vítimas por onde passa.

Depois da primavera árabe, que não foi devidamente planejada pelas equipes da diplomacia hilária, as instituições ditatoriais dos antigos aliados do mundo ocidental ruíram, e foram substituídas por moderníssimas instituções da irmandade islâmica.
Resumindo: repetiram no mundo árabe o mesmíssimo erro que tinham cometido na década de 1970, quando aquele horroroso Xá foi deposto, sendo substituído pelos evoluídos e santarrões aiatolás. Trocaram a ditadura militar pela ditadura religiosa.

A Tunísia sempre foi considerada o melhor lugar do mundo árabe. Era um país considerado très chic, muito confortável, com gente bem educada, com bom padrão de vida, e coisas mais.
Muito melhor do que Marrocos, Egito ou Líbano, outros países também badalados pelos entrangeiros, mas que apresentavam algumas desvantagens. Hoje em dia, embora não haja leis escritas, as mulheres têm de se cobrir. Praia, lógico que ficou meio impraticável.
Uma funcionária tunisiana da embaixada do Brasil chegou com hematomas ao trabalho, pois tinha apanhado dos tais religiosos, que andam com as varinhas mágicas que fazem as pessoas ter o bom comportamento esperado no mundo islâmico.
Hoje em dia, os anjos que foram elevados ao poder, pela mágica da democratite hilária, invadem hotéis e restaurantes para arrebentar tudo o que há de bebidas alcoólicas, e batem em quem reagir.

A inpremça internacional quase não comenta sobre o sucesso (ou melhor, o sucedido) das políticas da loira hilária e do marido da Mixely.
Afinal de contas, como se diz, ela é dominada pelos porcos sionistas republicanos. Ou será que é o contrário?

No Egito, a nova constituição votada pela assembléia garante os poderes à irmandade islâmica, confere papel extraordinário ao presidente (quanto tempo levará para que a “inpremça” passe a chamá-lo de ditador?), etc..

Na Síria, Hafez Assad foi o líder do país de 1971 a 2000. Sempre foi tratado com a deferência de “presidente” (aquele que preside). O filho Bashar, que herdou o trono, hoje em dia é chamado de “ditador ” (aquele que dita). Tudo de uma lógica insuperável! Só porque os francesinhos vendem armas aos xiitas que querem arrancar o  poder dos alauítas. Imaginem como será um governo xiita na Síria…

A Líbia, o que aconteceu com ela? Sumiu do noticiário ou sumiu do mapa?

Pois é, essa conversa mole de democratite, querendo implantar modelos norte-americanos em todos os países do mundo, tem alguns inconvenientes.
A primavera árabe, que demonstra ser outra forma de inferno, é um claro exemplo. No fundo, estadistas fazem apenas jogos de palavras.