Um blogue mal humorado, com aversão ao abominável modismo do "polìticamente correto" (hipòcritamente mal-resolvido). Blogue de um cético convicto, com a própria ortografia.

Posts marcados ‘feminismo’

Cotas, aiai, mimimi

A grande crítica que se faz ao ministério do vice-presidente no exercício do cargo de presidente é que não há mulheres.

Na revista Época encontrei esse comentário:

Que absurdo esse ministério. Não tem nenhum ruivo, nenhum descendente de orientais, nenhum pizzaiolo, nenhum criador de emas, nenhum ufólogo e nenhum torcedor do XV de Piracicaba!

Cotas resolvem?
Quantas mulheres havia na despedida daquela mulher de cabelo tingido, que só esbravejou traição, vingança e revanche? Muitas…

A ex-ministra Ellen Gracie foi convidada para o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle, mas não aceitou.
Ana Amélia Lemos foi convidada para o Ministério da Agricultura, mas prefere continuar atuando, com vigor, no Senado Federal.

E todo mundo sabe que um famoso ministro – reincidente – faz parte da cota LBGT.

Chega de mimimi.
Como diz minha prima, professora doutora na USP:

Boa! Mulheres fortes não precisam de cotas.
Minha avó italiana carregava caminhões de tijolos para meu avô construtor, e teve 10 filhos.
Vó Messi não gostava de mim, vi muito bem aos 6 anos de idade, porque eu era mulher.

 

Pragmatismo

Uma garota completamente nua entra no bar no interior de Minas Gerais e pede uma cachaça.
Ele serve a bebida e, ao passar-lhe o copo, debruça-se sobre o balcão para observar, atentamente, seu corpo pelado.
Pouco depois a garota pede outra dose. E o mineirinho volta a debruçar-se sobre o balcão e a olha com muita atenção.

Ela se irrita e questiona:
–  Por que você está olhando tanto? Nunca viu uma mulher nua?

Educadamente, o mineirinho responde:
–  É claru qui já vi uai! I eu vô falá uma coisa procê… É bão dimais da conta, sô! Mai num é prá issu queu tô oiano…
Tô é querendo sabê di dondi é qui ocê vai tirá o dinheiro pra pagá as pinga!

Notícias da semana que terminou

Ex-premiê preso por corrupção – lógico que não no Brasil, afinal de contas o último premiê que tivemos foi Hermes Lima, em 1962.

Motociclistas se chocam de frente, durante ultrapassagem em local proibido – será que um deles estava fazendo aquelas manobras de andar no meio dos carros?

Jon Malo Vox faz pose para fotógrafos, cai da bicicleta e precisa colocar pinos no corpo – em breve será mais conhecido por Jon Bono Câncer de Próstata, mas isso é outro assunto, ou não, afinal de contas não estamos no novembro azul?

Não foram anunciados os novos ministros da área econômica

Obama se enrola com projetos contraditórios

Festa em campus universitário registra caso de estupro

Motorista flagrado usando celular, é perseguido pela polícia, bate o carro contra prédio, e este desaba, em Kansas City – apura-se se o edifício foi construído por empresa parceira de Sérgio Naya

Maluca recebe autorização para casar com criminoso em série condenado à prisão perpétua, no caso Charles Manson

Gay é morto na michelândia do Parque Ibirapuera, e comunidade LGBTTÇKYWXMRPQP se revolta contra homofobia

Feministas protestam contra camisa com imagens de mulheres pin-ups, desenhada por mulher

Velhinha morre espancada a pontapés, em assalto de R$ 30,00, e “direitos humanos”, ONGs e OAB não se manifestam contra a paleofobia e a violência

Apurado que empreiteiro tinha conta com algumas dezenas de milhões de dólares no exterior

Ônibus é incendiado.

-=-=-

Tenho uma ligeira impressão de déjà lu
Nos noticiários, nada se cria, tudo se repete, já dizia Gutembergue.

 

 

Esquerda Caviar

Esquerda Caviar – A hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no Brasil e no mundo, de Rodrigo Constantino (Editora Record, 2013, 423 p., R$ 42,00) caiu perfeitamente para muitos parentes, amigos, conhecidos e ex-colegas de trabalho. Confesso que eu algumas partes fui ao espelho e fiz um mea culpa.

O livro divide-se em três partes, a primeira das quais muito bem fundamentada, com muitas pensadores de um lado e do outro contrapostos, para que se possa ver com nitidez o quanto são ridículos, sujos, imbecilizantes e outras coisas mais, esses modismos hipócritas da correção política, das “minorias” no domínio da sociedade, e toda a “bondade rousseauniana” das leis que moldam as pessoas em robozinhos.

O capítulo sobre as origens da esquerda caviar, ou liberal limousine (EUA), champagne socialist (Inglaterra), radical chic (Itália), ou simplesmente a velha conhecida “esquerda festiva” dos centros acadêmicos, trata de vinte variantes: oportunismo hipócrita, narcisismo, elite culpada, tédio, histeria, racionalização, preguiça mental, ópio dos intelectuais, alienação, insegurança e covardia, medo, nihilismo, síndrome de Estocolmo, ressentimento, infantilidade, romantismo, desprezo popular, arrogância fatal, sede pelo poder, ignorância. Em seguida, fala sobre o duplipensar, ou seja, alterar o significado de palavras para que elas se encaixem ao pensamento polìticamente correto e hipócrita, e conclui essa primeira parte com o viés da imprensa.

A segunda parte menciona algumas das bandeiras que a esquerda caviar gosta de empunhar: a obsessão anti-americana, o ódio a Israël, o culto ao multiculturalismo (e ao Islã), os pacifistas, o mito Che Guevara, a ilha presídio de Cuba, os melancias (verde por fora e vermelho por dentro), os clichês de justiça social, os preconceitos dos que não têm preconceitos, as minorias, e a juventude utópica.

A terceira parte aborda alguns santos de pau oco, que ganham muito dinheiro às custas de propagandas e campanhas em prol da falsidade, e do escamoteio do estilo de vida desses mesmos santos: Obama, Gandhi, John Lennon, Noam Chomsky, Paul Krugman, Michael Moore, Sting, Al Gore, Peter Singer, John Kerry, Ted Kennedy, Bill Clinton, George Soros, Harrison Ford, Leonardo DiCaprio, Cameron Díaz, Robert Redford, Bread Pizza, Angelina Jolie, George Clooney, Barbra Streisand, Richard Gere, James Cameron, John Travolta, Bruce Springsteen, Oliver Stone, Whoopi Goldberg, Jack Nicholson, Matt Damon, Gérard Depardieu, Ben Affleck, Sean Penn, Bono Malo Vox, Oprah Winfrey, Benicio del Toro, Oscar Niemeyer, Chico Buarque, Luís Fernando Veríssimo, Wagner Moura, Eduardo Matarazzo Suplicy ex-Smith de Vasconcelos, Chico Alencar, Luciano Huck. Fora isso, muitos outros nomes são assinalados durante as duas partes anteriores, como Gilberto Gil, Fernanda Montenegro,
Desde o início do livro, Rodrigo Constantino salienta que não coloca em xeque o valor artístico das pessoas, mas a contradição entre o que dizem polìticamente e o estilo de vida que levam.

Não dá para concordar com tudo o que Rodrigo Constantino colocou no livro. Falar do Tibete como “vítima” é um tanto quanto “esquerdismo caviar” de muita gente que ignora que a região SEMPRE foi parte do império chinês, que NUNCA foi um país independente, que em 1911 deputados tibetanos fizeram parte da assembléia constituinte republicana chinesa (ou seja, eram parte da China), e que o que deixa o dalai lama indignado não é o domínio chinês, mas a perda do poder feudal que ele e seu clero exerciam sobre 85% da população tibetana que vivia em regime de servidão, para atender 10% de sacerdotes.
Só no finzinho do livro RC lembrou de juntar Mr. Richard Gere e Mr. Tenzin Gyatso no mesmo cesto de artistas festivos, caviarescos e champanhotes.

Interessante a menção final, de luz no fim do túnel, ao citar a mudança de opinião de Ferreira Gullar, enojado com o que seus antigos colegas “socialistas” têm feito nos últimos 90 anos. Um mar de sangue e um sem fim de prisões a quem os contrariar. Pena que o livro tenha sido escrito em 2013, e não tenha tido a oportunidade de incluir o que Eduardo Galeano disse em Brasília sobre “Veias Abertas da América-Latina”:

“Hoje não gostaria de reler o livro. Não me sinto mais ligado a esse livro como era. Quando escrevi, tinha 19, 20 anos. As veias abertas da América Latina tinha de ser um livro de economia política mas eu não tinha o conhecimento necessário para isso. A realidade mudou muito e eu também mudei”.

 

Essa conversa de diversidade só é boa, se for a meu favor.

Essa frase, que era a assinatura de correio eletrônico de um ex-colega de trabalho, está inserida no rodapé de meu blogue sobre livros.

Curiosamente, uma amiga fez o re-qualquer-coisa do tópico anterior neste blogue (enforcado nas tripas) em algum lugar da infernet, e alguém que não sei quem é, respondeu a essa amiga que “Por doutrina, jamais questiono o que muitas pessoas concluíram como verdades definitivas em sua vidas, mas em contrapartida nunca tive a mesma reciprocidade em termos de respeito e liberdade de pensamento do outro lado.”

Um encaixe na conversa de diversidade.

Concluiu o comentário com:
“jamais confundam anarquismo com o comunismo sem antes estudarem as duas coisas a  fundo.”

Mais um que afirma o que não viu ou existe.
Escrevi:
“A idéia, porém, acabou sendo apropriada por muitos outros, nas bases do pensamentos anarquista e comunista.
Não disse “pensamento anarquista e comunista”. Escrevi pensamentos, um pensamento anarquista e outro comunista.
O S no final do substantivo indica que os adjetivos se referem a uma pluralidade.

De qualquer modo, o que me levou a escrever agora este “pôste”, foi a tal diversidade.
Desculpa ótima nessa humanidade que vive a ditadura do polìticamente correto e falso.

Claro que há diferenças entre anarquismo e comunismo. Tanto assim que os comunistas esmagaram com crueldade a experiência anarquista que se tentou implantar na Ucrânia, quando da queda do Império Russo. Claro também, porém, que há semelhanças.
Do mesmo modo, o comunismo (ou socialismo do modelo leninista-stalinista-kruchtcvovista-brejnevista-gorbatchovista-putinesca, ou maoísta, ou castrista, tanto faz) tem muitas semelhanças com o fascismo de Mussolini. Tanto assim que a esquerda brasileira tem verdadeira idolatria por Getúlio Vargas, que era antes de mais nada um ditador fascista, ao estilo de Salazar, Franco e outros mais da época.

Quando a esquerda de cartilha xinga alguém de “fascista”, na verdade está apenas vestindo a carapuça dos próprios ideais getulistas, brizolistas, lulistas, “trabalhistas” do corporativismo de Mussolini e de Hitler. Benito aquele que se baseou em algumas das teorias de Lênin, Adolfinho o que aproveitou o revanchismo para envenenar a população alemã. Já que Getúlio foi o ditador que mandou Olga Benário, a mulher de Luís Carlos Prestes, o líder comunista, para um campo de concentração na Alemanha de Hitler, acredito que a esquerda de cartilha sofra da “síndrome de Estocolmo”.

Outra semelhança, que descobri com surpresa:
Nada mais parecido com as manifestações de “massa” do nazismo do que as manifestações que Franklin Roosevelt promovia nos Estados Unidos na mesma época. Até o Embaixador inglês ficou impressionado com a coincidência!

Diversidade? Não sei, no fundo é tudo farinha do mesmo saco.

Dá até para comentar sobre a palavra “oposição” no Brasil. O PT é filhote dos intelectuais do PSDB, que surgiu de um gozo do PMDB. Enquanto isso, o DEM é o nome transgênero da Frente Liberal, que era uma parte da Arena, que justamente fugiu de casa para casar com o PMDB. Dá para se falar em oposição, em diversidade? Problemas edipianamente mal-resolvidos.

Hoje vi uma pichação: “Frente Lésbica Feminista”. Se alguém fizer um “Movimento Gay Machista”, vai ser bem aceito? Provàvelmente, hoje em dia, será massacrado, por assumir o lado machista.
Se bem que os cantores do Village People justamente faziam essa caricatura, nos longínquos anos do século passado.

No fundo, são todos abóboras, abobrinhas, melancias, melões e pepinos colhidos no mesmo quintal, embora cucurbitáceas de aparências distintas.

Homossexual + sufixo

Já escrevi sobre isso antes, mas, como a tchurma dos politicamente corretos continua com suas estultices, achei melhor alterar o post anterior e inseri-lo outra vez.

Os “polìticamente corretos” reiteram que se deve dizer homossexualidade, e não homossexualismo, pois o sufixo -ismo indica doença, tal como em autismo, hipo/hiper-tireoidismo e paludismo (mas não como em hemorróida, hepatite, glaucoma, neurose, etc, etc.).

table { }td { padding-top: 1px; padding-right: 1px; padding-left: 1px; color: black; font-size: 12pt; font-weight: 400; font-style: normal; text-decoration: none; font-family: Calibri,sans-serif; vertical-align: bottom; border: medium none; white-space: nowrap; }.xl64 { text-align: left; vertical-align: middle; padding-left: 12px; }
O que será que eles acham de? Enquanto que com o sufixo -dade temos:
lesbianismo enfermidade
achismo ansiedade
africanismo antigüidade
bom-mocismo calamidade
ciclismo competitividade
civismo criminalidade
comunismo crueldade
consumismo dificuldade
feminismo falsidade
indigenismo futilidade
jornalismo. imbecilidade
lberalismo imobilidade
modismo imoralidade
monetarismo impessoalidade
nazismo impunidade
oportunismo inatividade
pacifismo incapacidade
patriotismo incomunidabilidade
petismo infantilidade.
regionalismo iniqüidade
relativismo insaciedade
revanchismo insociabilidade
romantismo irrealidade
sensacionalismo leviandade
sindicalismo maldade
socialismo mendicidade
trabalhismo modernidade
turismo monstruosidade
urbanismo morbidade
animismo mortandade
catolicismo nulidade
cristianismo obesidade
espiritismo parcialidade
hinduísmo passividade
islamismo prejudicialidade
judaísmo promiscuidade
misticismo radioatividade
protestantismo relatividade
taoísmo rivalidade
xintoísmo vulnerabilidade

-ismo implica uma crença, uma convicção, enquanto que
-dade denota uma situação, uma condição, um estado. Isso leva a crer que os hipòcritamente mal-resolvidos acreditam que homossexualidade tenha cura. São, portanto, os maiores seguidores do Marco Feliciano. Será que eles já perceberam essa incoerência?